A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a classificação da COVID-19 para pandemia. Desta forma médicos e pacientes deverão tomar medidas preventivas para diminuir a contaminação e a propagação do Coronavírus durante os atendimentos médicos em consultórios.
Muitas dúvidas surgiram nos últimos dias quanto ao uso de máscaras de proteção durante consultas médicas em atendimentos realizados em clínicas e consultórios médicos.
O Instituto Nascer entrevistou o Médico Infectologista Dr. Carlos Starling para responder as 3 principais dúvidas que recebemos em nossas mídias sociais.
1- Atendimento de pacientes saudáveis
Nem o médico e nem a paciente precisam usar máscara de proteção durante a consulta.
2- Atendimento de pacientes com Febre + Sintomas Respiratórios
O médico e o paciente deverão usar máscara de proteção durante a consulta.
3- Atendimento de paciente com Febre + Sintomas Respiratórios + Histórico de viagem nos últimos 15 dias para locais onde estão ocorrendo transmissão ativa (Europa, EUA, China, São Paulo e Rio, etc) ou tenha tido contato com doente suspeito de COVID-19
O médico deverá usar máscara, capote descartável, luvas e óculos de proteção. O paciente deve usar apenas máscara de proteção.
OBS: A máscara de proteção recomendada é a máscara cirúrgica simples. A máscara N95 somente deverá ser utilizada para profissionais que forem prestar atendimentos que gerem aerossol (entubação, coleta de swab nasal ou de orofaringe, micronebulização, aspiração…)
Essas orientações levam em consideração o momento que estamos vivendo hoje (16/03/20) e podem ser atualizadas a qualquer a qualquer hora. Devemos ressaltar que a partir do momento que Belo Horizonte passar a ter casos positivos para COVID-19 e transmissões ativas, todos os casos de febre + infecção respiratória, passarão a ser considerados casos suspeitos para Coronavírus e deverão ser cuidadas conforme a orientação número 3 desse texto.
Dr. Carlos Ernesto Ferreira Starling , Médico Infectologista e Diretor Técnico do Espaço VACINE-SE do Instituto Nascer.
Médico, infectologista e especialista em medicina preventiva e social pela UFMG. Mestre em medicina., possui curso de especialização em epidemiologia hospitalar pela Universidade de Freiburg Alemanha e Society of America e CDC (Centers for Disease Control) de Atlanta dos Estados Unidos e Harvard Medical School. Carlos Starling tem sido um dos pesquisadores de maior destaque no cenário científico internacional pelos seus inúmeros trabalhos e publicações sobre a epidemiologia e o controle das infecções hospitalares.