A Organização Mundial de Saúde – OMS divulgou em 2018 um guia com recomendações para uma EXPERIÊNCIA POSITIVA DO PARTO: Intrapartum Care for a Positive Childbirth Experience.
Esse guia traz um novo olhar para a gestante: a preocupação não é apenas com o resultado, mas também com a experiência da mulher durante todo o trabalho de parto. A mãe passa a ocupar o lugar de protagonismo que lhe é de direito.
São 56 novas orientações que reforçam o caráter natural da experiência do parto e que colocam a gestante no centro das decisões.
Entre elas estão:
✅ Melhor comunicação entre médicos e mães
✅ Utilizar estratégias de alívio da dor
✅ Permitir que as mulheres opinem sobre as posições para o parto
✅ Apoio contínuo intraparto e presença do acompanhante de escolha
✅ Fase latente considerada até 5 cm de dilatação, podendo durar até 12h no primeiro parto e 10h nos partos seguintes
✅ Avaliação do bem-estar fetal por ausculta intermitente
✅ Contato pele a pele com a mãe na primeira hora do nascimento.
Reconhecer que cada parto é único e que ele tem seu próprio ritmo é uma das premissas centrais das novas recomendações. Cada gestante deve ser informada de que não existe um padrão a ser seguido.
Um dos objetivos do guia é tentar reduzir o número de cesáreas desnecessárias praticadas no mundo. Segundo dados de 2016, o Brasil é um dos líderes do procedimento no mundo.
Desde 2013, o Instituto Nascer atua em defesa das experiências positivas de parto e na redução do número de cesáreas desnecessárias. Acreditamos que, para construir um novo mundo, precisamos de um novo jeito de cuidar desse momento tão especial na vida das família e tão importante para o futuro de toda nossa sociedade.
Hemmerson Henrique Magioni, Médico Obstetra, Fundador e Diretor Técnico do Instituto Nascer – CRM-MG 34455
Referência:
- WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization; 2018
