Segundo pesquisa, 31% das mulheres que usaram o gás não precisaram de nenhum outro analgésico durante o trabalho de parto.

Um estudo publicado na última semana pela Revista de Obstetrícia e Saúde da Mulher, nos Estados Unidos, aponta a segurança do uso do óxido nitroso (conhecido como ‘gás do riso’) como forma alternativa de alívio da dor do parto. O gás é comum em partos em países como Suécia, Inglaterra e Canadá, e cada vez mais usado nos Estados Unidos. No Brasil, no entanto, o método ainda é pouco conhecido e aplicado.
O levantamento foi feito a partir de análise de prontuários de mulheres que usaram o gás durante o primeiro ou o segundo estágio do trabalho de parto, entre 1 de março de 2016 e 23 de julho de 2017.
Segundo o estudo, 31% das mulheres que usaram o óxido nitroso não precisaram de nenhum outro analgésico durante o trabalho de parto, o que aponta para os efeitos positivos do seu uso.
Os efeitos adversos relacionados à aplicação durante o trabalho de parto foram raros (8%) e não foram um motivo significativo para a conversão em outro tipo de analgesia, segundo o estudo. O levantamento também aponta um alto grau de satisfação das pacientes.
Além da segurança para as mães, o estudo avaliou possíveis repercussões para os recém-nascidos. A conclusão é que o método também é seguro para os bebês, cujos índices de Apgar em cinco minutos foram 7 ou mais em 97,8% dos recém-nascidos.
“O óxido nitroso é uma opção segura e útil para analgesia de parto nos Estados Unidos. E para algumas mães em trabalho de parto, esse é todo o alívio da dor de que precisam”, explica Priscilla M. Nodine, principal autora do artigo, em entrevista à rádio espanhola Cope.
Diferente de uma anestesia peridural, o gás não faz com que a mulher perca a sensibilidade, mas provoca uma sensação de relaxamento. Atualmente, a concentração considerada segura é de 50% de óxido nitroso e 50% oxigênio. Nessa composição, o gás não afeta o desenvolvimento do parto e nem a habilidade de amamentar. No Brasil, o óxido nitroso era usado de forma experimental por poucos hospitais, mas substância é pouco difundida.
O Instituto Nascer, em parceria com duas maternidades privadas, está trazendo para Belo Horizonte mais essa tecnologia como alternaitva de manejo da dor durante o trabalho de parto, afima o Obstetra Hemmerson Henrique Magioni.
Hemmerson Henrique Magioni, Médico Obstetra e Diretor Técnico do Instituto Nascer – CRM-MG 34455
*Fonte: Portal Globo.com
https://youtu.be/5LrVdaDgtVo