O elo entre mãe e bebê é construído, diariamente, por meio das trocas, sejam elas de carinho, amor e de nutrientes. Todos os sentimentos são compartilhados, desde a concepção até o momento do nascimento, nove meses depois. E um dos maiores responsáveis por realizar essa união é o cordão umbilical. Ele liga o bebê à placenta. A placenta funciona como uma grande esponja que se enche de sangue vindo da gestante e, por meio do cordão umbilical, leva oxigênio e nutrientes para o bebê.
CARACTERÍSTICAS DO CORDÃO UMBILICAL
O cordão é formado, geralmente, por 3 vasos, sendo: uma veia (veia umbilical) que leva sangue oxigenado da placenta ao bebê e duas artérias (artérias umbilicais) que levam sangue pobre em oxigênio do bebê de volta para a mãe. Além disso, esses vasos estão envoltos em um material gelatinoso, chamado geleia de Wharton, que os protegem e evitam a ruptura.
O cordão umbilical consegue se comunicar com o sistema circulatório do bebê, por meio do umbigo, aos vasos da placenta e está, normalmente inserido, no centro dessa estrutura. Por isso que, após o nascimento é preciso curar e deixar secar, até cair em segurança.
COMO CURAR O CORDÃO UMBILICAL APÓS O NASCIMENTO?
Quando o bebê nasce, o cordão umbilical é cortado. Entretanto, os médicos ainda deixam um pequeno comprimento da estrutura que é conhecido como coto umbilical. Ele também deverá ser curado. Para que o cordão seque e “caia” com segurança, alguns cuidados são necessários, entre eles:
– Limpar com delicadeza e remover todos os resíduos do local. Sempre que mudar a fralda do bebê, é importante prestar atenção especial à área na base do cordão, próxima ao umbigo;
– Permitir que o ar chegue ao coto do cordão. A ação ajudará a curar e a secar mais rápido. Por isso, tente evitar que a fralda friccione o coto do cordão ou o tampe muito;
– Deixar que o coto do cordão caia sozinho.
CORDÃO ENROLADO NO PESCOÇO É INDICAÇÃO DE CESARIANA?
Muitas cesarianas são indicadas devido a presença de circulares de cordão, situação popularmente chamada de “cordão enrolado no pescoço do bebê) ou mesmo a presença de nós ao longo do cordão umbilical. Mas essas situações não exigem, necessariamente, a realização de uma cesariana. Isso porque a Geleia de Wharton protege os vasos do cordão, evitando que, caso haja algum nós, o fluxo de sangue e oxigênio seja interrompido.
Além disso, as circulares não ficam apertadas suficientemente para levar ao estrangulamento do bebê. Por isso, a cesariana nesses casos é indicada erroneamente.
Mais artigos como este estão disponíveis no blog do Instituto Nascer. Acesse e saiba mais sobre obstetrícia, ginecologia, pediatria e cenário de parto.