
Essa é a Curva de Gauss do American College of Obstetricians and Gynecologists – ACOG. Ela mostra a distribuição dos nascimentos ao longo das semanas gestacionais:
Apenas 2,5% dos partos ocorrem antes de 37 semanas
20% dos partos ocorrem entre 37 e 39 semanas
60% dos partos se concentram entre 39 e 41 semanas
15% dos partos ocorrem entre 41 e 42 semanas
2,5% dos partos só irão acontecer após 42 semanas, podendo ir até 44.
Essa diferença é fisiológica, mesmo em gestações bem datadas e sem levar em consideração a margem de erro de 2 semanas que pode ocorrer pelo ultrassom ou pela data da última menstruação.
Por isso, se a sua gestação passar de 40 ou de 41 semanas, não se desespere, pois é perfeitamente normal e está dentro do prazo considerado seguro para o bebê nascer! A DPP (Data Provável do Parto) é apenas o pico dessa curva, dividindo aproximadamente metade dos nascimentos em até 2 semanas antes dela, e a outra metade em até 2 semanas depois!
A partir de 41 ou 42 semanas, seu médico pode querer fazer um controle mais rigoroso do bem estar fetal (Ultrassom e/ou Cardiotocografia Fetal), e a conduta pode ser expectante (aguardando o início espontâneo das contrações) ou também poderá ser sugerido alguns métodos de indução do trabalho de parto (desde os métodos não farmacológicos como acupuntura, descolamento de membrana e balão de dilatação aos métodos farmacológicos como prostaglandinas e ocitocina). A decisão deve sempre ser tomada em conjunto, levando em consideração o resultado dos exames e o desejo da mulher!
Portanto, a não ser que exista um motivo clínico para antecipar o nascimento, o ideal é respeitar o tempo de amadurecimento do bebê dentro do útero e aguardar os primeiros sinais de trabalho de parto! Ele sabe a melhor hora de nascer! Por Erica de Paula.
“No Instituto Nascer o protocolo é oferecer internação e indução do parto com 41,0 semanas. Para os casais que desejam aguardar além dessa data é oferecida orientações detalhadas sobre os riscos e benefícios dessa escolha, e respeitamos a decisão consciente e orientada da mulher e recomendamos uma vigilância fetal rigorosa até o parto.”
Texto sugerido por Hemmerson Magioni, Obstetra e Diretor Técnico do Instituto Nascer – CRM-MG 34455.