
Segundo pesquisa publicada na revista científica Obstetrics & Gynecology, os níveis de anticorpos continuam altos no momento do parto, independente da fase da gestação em que a mulher recebeu a primeira dose da vacina. “A melhor hora para se vacinar é agora”, dizem os pesquisadores.
Mais um estudo reforçou que mulheres grávidas não precisam esperar o fim da gestação para se vacinar contra a covid-19. Pesquisadores do New York-Presbyterian/Weill Cornell Medical Center (EUA) analisaram qual seria o melhor momento para que as mães tomassem a vacina. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Obstetrics & Gynecology.
“As mulheres muitas vezes perguntam qual é o melhor momento para se vacinar [contra a covid-19], com o objetivo de proteger o bebê — nossos dados sugerem que o melhor momento é agora”, diz a ginecologista e obstetra Malavika Prabhu, uma das autoras da pesquisa.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas acompanharam 1.359 gestantes que se imunizaram contra o novo coronavírus entre dezembro de 2020 e outubro de 2021 com os imunizantes da Pfizer-BioNTech, da Moderna ou da Janssen/Johnson & Johnson.
Eles descobriram que, em todas as mulheres totalmente vacinadas, os anticorpos IgG eram detectáveis tanto no sangue da mãe quanto no cordão umbilical do bebê. E o mais importante: eles continuavam altos no momento do parto, independente da fase da gestação em que a mulher recebeu a primeira dose da vacina.
Os resultados mostraram que os níveis de anticorpos eram mais altos quando a primeira dose era administrada no terceiro trimestre da gravidez. Porém, a diferença não era significativa se comparada com mulheres que tomaram a vacina no primeiro ou segundo trimestre gestacional. A proteção era ainda maior em mulheres que tomaram uma dose de reforço na reta final da gravidez.
“A mensagem aqui é que você pode se vacinar em qualquer momento da gravidez e provavelmente isso será benéfico para você e seu bebê já na hora do parto — e, claro, ao ser vacinada cedo, você estará protegendo a si mesma e ao seu bebê durante toda a gestação”, disse Yawei Jenny Yang, autor que também participou do estudo.
*Fonte: Revista Científica Obstetrics & Gynecology (USA) / New York-Presbyterian/Weill Cornell Medical Center (EUA) / Portal Revista Crescer (BR).
Hemmerson Henrique Magioni, Médico Obstetra Fundados e Diretor Técnico do Instituto Nascer – CRM-MG 34455