Ainda pouco utilizado nos hospitais brasileiros, o Óxido Nitroso é capaz de ajudar as mulheres a lidarem com a dor durante o trabalho de parto. Em países como Canadá, Austrália e Reino Unido, o uso da substância, que é o óxido nitroso, é comum. Em doses baixas, ela funciona como um ansiolítico, diminuindo a ansiedade, e analgésico, amenizando a dor.
Diferente de uma anestesia peridural o gás não faz com que a mulher perca a sensibilidade, mas provoca uma sensação de relaxamento. Ele já é usado em clínicas odontológicas e os dentistas brasileiros costumam receber formação em relação ao uso da substância, diferente dos obstetras.
Atualmente, a concentração considerada segura é de 50% de óxido nitroso e 50% oxigênio. Nessa composição, o gás não afeta o desenvolvimento do parto e nem a habilidade de amamentar. A ação da substância é muito fugas e tem a vantagem de poder se aplicado com a gestante de pé, andando, em qualquer posição… Uma dor que, em uma escala de 0 a 10, era 7 a 8, passa a ter uma intensidade 2 ou 3. Para manipular, não precisa ser anestesista, pode ser um médico Obstetra ou uma enfermeira.
Apesar de suas vantagens, o gás pode apresentar alguns efeitos colaterais como tontura, náusea e vômito. Porém, esse não é o motivo pelo qual a substância não é utilizada no Brasil. Por aqui, há um grande desconhecimento em relação à droga. Os obstetras não são instruídos na faculdade sobre sua utilização. Não há contraindicação para as gestantes e o custo é compatível com nossa realidade. Apenas poucos hospitais pelo Brasil oferecem essa opção para gestantes.
Hoje em Belo Horizonte o Óxido Nitroso está disponível apenas no Hospital Mater Dei Santo Agostinho e Mater Dei Nova Lima, graças a uma solicitação feita pelo Instituto Nascer para adição dessa nova tecnologia nos protocolos da maternidade.
Imagem: Polly Araujo Fotografia
Hemmerson Henrique Magioni, Médico Obstetra, Fundador e Diretor Técnico do Instituto Nascer – CRM-MG 34455.